Vejo um amontoado de coisas estranhas no quarto proibido. E as malas. As malas eu conheço. Às vezes vão com elas sem mim. Mas voltam quase logo. Fazemos as pazes.
Ultimamente, andam os dois a falar muito ao meu ouvido, ainda mais festinhas, dizem que um amiguito fica aqui e que vêm já, já. Começo a duvidar.
O sofá é grande e, tantas vezes, metade chega para os três. Estamos sempre juntos. É assim que deve ser.
Gosto quando vamos passear e da liberdade. De carro, estrada fora, sem hora marcada. A pé, à descoberta, com encontros felizes.
Eu conheço-os. Para dizerem que vão a dois, é porque querem descobrir um mundo lá mais longe, confuso para mim e que voltam já, já. Eu sei que voltam e fazemos as pazes.
Mas que meio ano não demore muito. Eu estarei, como sempre, à espera.